terça-feira, 14 de outubro de 2008

[Mato Grosso] Índios põem fogo em hidrelétrica

Cerca de 120 índios da etnia Enawenê Nawê invadiram e incendiaram na manhã de sábado (11) o canteiro de obras da PHC (Pequena Central Hidrelétrica) Telegráfica, na cidade de Sapezal (430 km de Cuiabá). Pelo menos 12 caminhões foram destruídos, maquinários, além dos alojamentos e do escritório avançado da Juruena Participações Ltda. - consórcio de empresas que constrói a usina.
"Eles chegaram armados com arcos de flecha, machados e pedaços de pau, expulsaram os funcionários e depois colocaram fogo em tudo", disse o coordenador-técnico ambiental da empresa, Frederico Müller. Müller disse que ainda não é possível estimar os prejuízos com a ação. "É certamente algo que superará a casa do milhão."
A Telegráfica integra um complexo de dez usinas que será implantado ao longo de 110 km do rio Juruena, na região noroeste de Mato Grosso. A Juruena Participações responderá por outras quatro obras do conjunto (Rondon, Parecis, Sapezal e Cidezal), enquanto o restante ficará a cargo da Maggi Energia, empresa do grupo empresarial do governador Blairo Maggi, conhecido como o "Barão da Soja", o rei do desmatamento na Amazônia, e aliado do governo Lula. A revolta dos índios é contra os impactos ambientais que as obras vão causar na região, como a destruição dos rios. O peixe é a única fonte de proteína da etnia, que não come outro tipo de carne e vive basicamente da coleta de frutos, mel e da pesca. Por isso valorizam tanto seus rios. O rio Negro é onde os índios realizam um grande ritual de pesca coletiva no qual capturam peixes, que depois de salgados, servem como alimentam durante meses.
A população Enawenê Nawê é de apenas quinhentas pessoas que moram em casas comunitárias em apenas uma aldeia. Eles vivem em estado semi-isolado e a grande maioria não fala português ou usa roupas. Foram contatados em 1974 e escolheram viver com pouca interação com o mundo exterior. Os índios dizem que vão continuar lutando contra a construção das hidrelétricas.

quarta-feira, 17 de setembro de 2008

Aotearoa - Nova Zelândia] Dia Global de Ação – Derrubar as Acusações!

[Dia 30 de agosto aconteceu o Dia Global de Ação, em apoio e solidariedade aos "Urewewa 20", que são vinte pessoas, entre indígenas, anarquistas, ambientalistas e ativistas anti-guerra, que foram presos em 15 de outubro de 2007, numa operação covarde e inesperada, que envolveu mais de 300 policiais fortemente armados, e enquadrados sob "ameaças concretas de terrorismo", dentro da jurisdição neozelandesa do Ato de Supressão Terrorista (TSA).] Num dia frio e triste, os gritos de “Não mais Estados Policiais” ecoaram através da Queen Street, em Auckland Central, enquanto mais de 200 maoris, sindicalistas e esquerdistas se uniram em uma manifestação para defender os “Urewewa 20”, e lembrar os Ataques ao Terror do Estado de 15 de Outubro do ano passado. Havia faixas e contingentes de Tuhoe, Unite, Aotearoa Socialista, Partido dos Trabalhadores, e do Coletivo Anarco-Feminista de Auckland, com indivíduos da NDU, Partido Verde e Maoridom. Keith Lock, que falou sobre o quão bravo ele estava por Tame Iti estar sendo tratado pelo Partido Trabalhista como um terrorista e não como um líder do povo Tuhoe. As pessoas deixaram o local com espíritos elevados, com o movimento que começou no último 15 de Outubro de 2007, re-acesas e prontas para lutar. A família Maori de Palmerston North (ou simplesmente Palmy, como os residentes locais costumam a chamar) saiu para apoiar o Dia Global de Ação e o/as ativistas que foram presos durante os “ataques ao terror”. Imagens e sons das opressões em Palmy foram projetados contra a Casa da Corte em apoio ao Dia Global de Ação. O apoio indígena internacional estava presente com as Primeiras Nações Manuhiri, da Ilha da Tartaruga (América). O/as Panteras de Palmy apareceram com muita força (com suas crianças) – nenhum abacate (militar) estava presente. Korero focou seu apoio ao Tino Rangatiratanga, ao movimento Te Mana Motuhake o Tuhoe, e na oposição ao Ato de Supressão Terrorista (TSA). 150 pessoas seguiram em uma viva marcha através da cidade de Wellington e pararam na frente de uma delegacia de polícia para contar uma vergonhosa história, de sua violência e truculência; uma passagem pelo escritório do candidato do Partido Trabalhista, Grant Robertson, resultou em uma janela muito bem quebrada. Gritos e slogans foram lançados para as pessoas que estavam dentro do escritório do Partido Trabalhista, chamando o governo de “escorias racistas”. Duncan Allan, da United, cotejou as lutas do/as trabalhadore/as ao redor do mundo aos ataques sofridos pelos ativistas e expressou a solidariedade do sindicato. A manifestação terminou com uma bonita peça feita por um músico local, Imon Starr, que proclamou a todo/as para manterem a paixão e a luta. Faixas foram levantadas e panfletos foram distribuídos em diversos países em apoio ao chamado internacional de Dia Global de Ação, para derrubar as acusações: Hamburgo, Basel, Lausanne, Freiburg, Berlin, Congo. Em Melbourne o/as trabalhadore/as e ativistas se reuniram contra os ataques das autoridades neozelandesas e repressões sofridas pelos movimentos dos povos mexicanos. Mais infos e fotos das manifestações: http://www.october15thsolidarity.info/

quinta-feira, 11 de setembro de 2008

Justseeds [Cooperativa de artistas radicais]


[Arte, criatividade, emoção e radicalidade marcam o trabalham de mais de uma dúzia de artistas estadunidenses que estão mergulhados no projeto JustSeeds.]Justseeds/Cooperativa de Artistas Resistência Visual é uma comunidade descentralizada de artistas que se juntou para vender seus trabalhos pela internet, em um local centralizado, e para colaborar e apoiar-se mutuamente umas às outras e os movimentos sociais. "Nosso sítio da internet não é somente um lugar para comprar, mas também um local para obter informações sobre os eventos que estão acontecendo na cultura e arte radical. Nosso blog cobre: gravuras políticas, arte de rua socialmente engajadas e cultura relacionadas aos movimentos sociais. Nós acreditamos no poder da expressão pessoal em comum acordo com a ação coletiva para transformar a sociedade"> HistóriaJustseeds nasceu originalmente em 1998 nas mãos do artista Josh MacPhee, como uma maneira de distribuir sua arte e uma série de cartazes sob o tema "Celebrar a História das Pessoas". Ele aos poucos expandiu o Justseeds para incluir os trabalhos de artistas afins. Em 2004 o projeto cresceu enormemente para caber no apartamento de MacPhee, e a efetivação das compras foi assumida pela Revista Clamor e sua nova aventura de vendas através da internet chamada Infoshop Direct.Ambos, o Justseeds e o Infoshop Direct, continuaram a crescer, mas no final de 2006, sérios problemas financeiros no Infoshop Direct fizeram com que tudo fechasse inesperadamente e imediatamente. Justseeds foi deixado sem nenhum sítio de internet funcionando, nenhum serviço de efetivação de compras, e aproximadamente 8.000 dólares em dívida.As coisas pareciam um tanto desoladoras. Surpreendentemente, um esforço popular de centenas de pessoas doando quantias relativamente pequenas de dinheiro ajudou o Justseeds a pagar todas as suas dívidas, e prósperas apresentações artísticas de apoio juntaram dinheiro suficiente para lançar um novo e melhor sítio na internet.Durante este tempo difícil, MacPhee entrou em contato com uma dúzia de artistas afins e prévios colaboradores, bem como reativou o blog de arte de rua político Resistência Visual no intuito de recriar o Justseeds como um esforço cooperativo.Finalmente o Justseeds foi transformado em Justseeds/Cooperativa de Artistas Resistência Visual, uma cooperativa pertencente aos artistas que se iniciou no verão de 2007.

sexta-feira, 5 de setembro de 2008

Anarquistas gregos assaltam supermercado contra os aumentos do custo de vida

Anarquistas gregos assaltam supermercado contra os aumentos do custo de vida Um grupo de anarquistas gregos invadiu e assaltou um supermercado nesta quinta-feira, 4 de setembro, para mais tarde distribuir os alimentos livremente nas ruas, no último acontecimento de uma onda de roubos provocados pelos aumentos dos preços. Perto de 20 pessoas sem armas, a maioria vestindo capuz, perpetrou o roubo na cidade de Tessalônica, disse a polícia. Os meios de comunicação locais batizaram o grupo como "Robin Hood", de acordo com suas ações prévias. ?Só pegaram alimentos, pacotes de macarrão, arroz e caixas de leite, e deixaram no meio da rua de modo que as pessoas começaram a pegar?, afirmou um oficial da polícia. "Nunca roubaram dinheiro nem feriram ninguém. Pedem às pessoas que permaneçam tranqüilas, mas utilizam a tática da emboscada, pulando as caixas registradoras, explicou. "Quando atacam sem capuzes, as pessoas se surpreendem já que são em sua maioria mulheres?. O aumento do custo de vida na Grécia substituiu ao desemprego como a maior preocupação dos gregos. A inflação está oficialmente em 4,9 por cento, a mais alta em dez anos, mas muitos artigos tiveram uma elevação mais acelerada. Nos últimos meses uma série de ações semelhantes, já batizadas pela mídia e as autoridades daquele país, de "Robin Hood" dos tempos modernos, foi levada a cabo em diversos pontos da Grécia, principalmente em Atenas, capital grega.

Fonte: agências corporativas internacionais

[Chile] Setembro Negro. Há 35 anos do Golpe de Estado, não se acendem velas pelos caídos, mas barricadas





[Grã-Bretanha] Um mosaico de mais de 12m pelos Panteras Negras presos

[Um mosaico espetacular foi inaugurado em 21 de junho na parede de uma casa do bairro Chiswick, no lado oeste da cidade de Londres. A obra busca denunciar a situação de afro-descendentes norte-americanos confinados na famosa prisão Angola, em Luisiana.] O grupo de artistas ativistas levou quatro meses para construir o mosaico que decora as Salas de Tratamento (The Treatment Rooms) da casa da artista Carrie Richards, conhecida como ?A Baronesa?, e seu sócio, Sr. Spunky. A obra descreve a história conhecida como Angola 3, dos três homens ? Herman Wallace, Albert Woodfox e Robert King - condenados por um crime que não cometeram à reclusão na prisão de Angola na década de 1970. Ali passaram as décadas seguintes em confinamento solitário. Apesar da sentença de culpabilidade de Woodfox ter sido revogada, e de haver uma recomendação no mesmo sentido para Wallace, ambos ficaram atrás das grades. O mosaico de grandes dimensões também é dedicado a Kenny ?Zulu? Whitmore, que também passou 33 anos em confinamento solitário em Angola. Lá a maioria dos reclusos são negros e morrerão dentro de seus muros. ?Zulu é um verdadeiro guerreiro, um Pantera, um servidor do povo. Assim como Herman, ele também travou uma grande batalha, durante um longo tempo, sem reconhecimento, sem apoio! Isso precisa acabar! Assim como muitos dos que lutam pela liberdade, que lutam todos os dias só para poder respirar, sem nenhum tipo de apoio precisa acabar! Tantos prisioneiros políticos, prisioneiros de guerra, prisioneiros de consciência sacrificaram suas próprias vidas e liberdades, porque acreditam na humanidade, mas, de certa forma, a humanidade deixou de acreditar nele!?

Albert Woodfox

[Alemanha] A existência da ocupação Liebig34 está ameaçada novamente!

Maldito capitalista, especulador imobiliário, quer desocupar um espaço autônomo e feminista em Berlim. Feministas, queers, squatters e outros mais já deram o recado: "Tirem suas mãos de nossos projetos autônomos!"] Liebig34 é uma casa feminista e separatista. Embora estejamos pagando aluguel, somos a favor de ocupações e vivemos juntas como um coletivo autônomo. Somos opostas a qualquer tipo de hierarquia e estamos dando o melhor de nós para eliminar as hierarquias ainda existentes em nossas vidas diárias. Como projeto só de mulheres/lésbicas/trans, constituímos um espaço e refúgio longe do patriarcado, do sexismo e do heterossexismo. Não queremos viver em um mundo em que cada um de nossos passos é determinado e monitorado por meia dúzia de machos brancos. Em um ambiente separatista, pode-se sanar as deficiências causadas por uma educação sexista. Nesse ambiente, ocorre com mais freqüência a solidariedade entre as pessoas do grupo, que depois levam esse sentimento para outros setores de suas vidas

Liebig34 Ficará Onde Está!

Banco grego é alvo de ataque incendiário

De acordo com o jornal Tahydromos, uma explosão de um dispositivo improvisado causou grandes danos à subsidiária do banco Ethniki, localizada entre a esquina da Rua Larissis e Neapoleos. A explosão, armada por pessoas desconhecidas, ocorreu às 4h04min da manhã, deste primeiro dia de setembro, resultando numa destruição total das janelas do banco e do ATM lá também instalado. De acordo com evidências colhidas, a polícia do Departamento de Segurança de Volos, acredita que pessoas desconhecidas colocaram latas de gás e um pedaço de roupa banhada em óleo dentro de um caixa de papelão e daí atearam fogo. Das chamas saiu um calor que fez com que as latas de gás explodissem, quebrando o vidro das janelas e cobrindo o ATM com fogo. ?Esta foi à quarta vez que tais ataques ocorreram contra o ATM de bancos durante os últimos cinco anos?, disse um militar do Departamento de Segurança de Volos. Um comunicado divulgado via e-mail ?Nesta última noite, nós, colocamos um dispositivo incendiário no banco Ethniki do Agii Anargiri, em Volos. Escolhemos atacá-lo de tal maneira para causar danos materiais, e até mesmo uma desordem mínima ao fluxo normal de dinheiro. Bancos sempre serão um alvo essencial, visto que são mecanismos econômicos de exploração, e também são templos modernos do sistema capitalista que produz e recicla consumidores obedientes. Isto retrata somente um passar de olhos sobre os falsos sorrisos de seus estúpidos comerciais, comparada com a realidade miserável dos empréstimos, combinada com às 8 horas de trabalhos forçados para manchar o topo da miséria que eles chamam de paz social. É exatamente aí o lugar que nós miramos: para minar e destruir tudo isso! Este é o porquê de o tempo e o lugar dos ataques não serem limitados, sua realização não espera por ocasiões. Pretendemos generalizar e espalhar tais ações ofensivas... Esta ação é dedicada a todo/as o/as preso/as anarquistas...?

Tradução > Marcelo Yokoi

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

A Esperança...

A Esperança não murcha, ela não cansa,
Também como ela não sucumbe a Crença.
Vão-se sonhos nas asas da Descrença,
Voltam sonhos nas asas da Esperança.
Muita gente infeliz assim não pensa;
No entanto o mundo é uma ilusão completa,
E não é a Esperança por sentença
Este laço que ao mundo nos manieta?
Mocidade, portanto, ergue o teu grito,
Sirva-te a Crença de fanal bendito,
Salve-te a glória no futuro - avança!
E eu, que vivo atrelado ao desalento,
Também espero o fim do meu tormento,
Na voz da Morte a me bradar, descansa!

AUGUSTO DOS ANJOS...

Tartaruga deformada por aro plástico


A bolha plástica atualmente está em duas grandes áreas ligadas por uma parte estreita. Referem-se a elas como bolha oriental e bolha ocidental. Um marinheiro que navegou pela área no final dos anos 90 disse que ficou atordoado com a visão do oceano de lixo plástico a sua frente. 'Como foi possível fazermos isso?' - 'Naveguei por mais de uma semana sobre todo esse lixo'. Pesquisadores alertam para o fato de que toda peça plástica que foi manufaturada desde que descobrimos este material, e que não foram recicladas, ainda estão em algum lugar. E ainda há o problema das partículas decompostas deste plástico. Segundo dados de Curtis Ebbesmeyer, em algumas áreas do oceano pacifico podem se encontrar uma concentração de polímeros de até seis vezes mais do que o fitoplâncton, base da cadeia alimentar marinha.
Segundo PNUMA, o programa das nações unidas para o meio ambiente, este plástico é responsável pela morte de mais de um milhão de aves marinha todos os anos. Sem contar toda a outra fauna que vive nesta área, como tartarugas marinhas, tubarões, e centenas de espécies de peixes.
E para piorar essa sopa plástica pode funcionar como uma esponja, que concentraria todo tipo de poluentes persistentes, ou seja, qualquer animal que se alimentar nestas regiões estará ingerindo altos índices de venenos, que podem ser introduzidos, através da pesca, na cadeia alimentar humana, fechando-se o ciclo, na mais pura verdade de que o que fazemos à terra retorna à nós, seres humanos.

Um Oceano de Plástico

Durabilidade, estabilidade e resistência a desintegração. As propriedades que fazem do plástico um dos produtos com maiores aplicações e utilidades ao consumidor final, também o tornam um dos maiores vilões ambientais. São produzidos anualmente cerca de 100 milhões de toneladas de plástico e cerca de 10% deste total acabam nos oceanos, sendo que 80% desta fração vem de terra firme.
No oceano pacífico há uma enorme camada flutuante de plástico, que já é considerada a maior concentração de lixo do mundo, com cerca de 1000 km de extensão, vai da costa da Califórnia, atravessa o Havaí e chega a meio caminho do Japão e atinge uma profundidade de mais ou menos 10 metros . Acredita-se que haja neste vórtex de lixo cerca de 100 milhões de toneladas de plásticos de todos os tipos. Pedaços de redes, garrafas, tampas, bolas , bonecas, patos de borracha, tênis, isqueiros, sacolas plásticas, caiaques, malas e todo exemplar possível de ser feito com plástico. Segundo seus descobridores, a mancha de lixo, ou sopa plástica tem quase duas vezes o tamanho dos Estados Unidos.
O oceanógrafo Curtis Ebbesmeyer, que pesquisa esta mancha há 15 anos compara este vórtex a uma entidade viva, um grande animal se movimentando livremente pelo pacifico. E quando passa perto do continente, você tem praias cobertas de lixo plástico de ponta a ponta.